Comunicação com parentes desencarnados

Essa perturbação da-se por meio da necessidade que a alma possui de entrar em conhecimento de si própria, para que a lucidez das ideias e as memórias voltem. Allan Kardec afirma: “muito variável é o tempo que dura a perturbação que se segue à morte. Pode ser de algumas horas, como também de muitos meses e até de muitos anos”. Então esee é um fator preponderante ao se avaliar a possibilidade de comunicação dos Espíritos com os parentes que ainda estão encarnados nesse plano espiritual.

Outra questão a ser considerada é a do merecimento. No ensaio que desenvolveu sobre a pluralidade das existências, Allan Kardec afirma que “cada um será recompensado segundo o seu merecimento real”. Neste caso, não deve apenas olhar o merecimento dos entes que ficaram neste plano espiritual em receber as mensagens, porém também o merecimento dos que desencarnaram e estão se dirigindo aos seus entes queridos, contando a eles sobre sua situação no Plano Espiritual.

Podem interferir ainda na possibilidade de comunicação as condições dos médiuns. Orienta-nos Kardec que “alguns médiuns recebem mais particularmente comunicações de seus Espíritos familiares, que podem ser mais ou menos elevados; outros se mostram aptos a servir de intermediários a todos os Espíritos”. Deve se levado em conta, portanto, as relações de simpatia e antipatia entre médium e Espírito que deseja se comunicar com seus entes queridos.

A utilidade das comunicações é outro ponto de grande importância. Em diversas circunstâncias, nas Obras Básicas, é achado a justa colocação dos Espíritos para que observemos se há um fim útil naquilo que desejamos. Utilizando essa mesma lógica, apenas iremos ter a possibilidade de receber uma mensagem de entes queridos se for necessário, e não para atender a curiosidade ou outras motivações que não revelem grandeza de alma.

Como da para perceber, existe uma série de fatores a serem considerados. Porém, isso não é impedimento para que as comunicações aconteçam. Os próprios Espíritos narram a felicidade que sentem por serem lembrados por nós e a alegria em se comunicar, situação em que podem informar sobre sua nova situação no Plano Espiritual. “A possibilidade de nos pormos em comunicação com os Espíritos é uma dulcíssima consolação, pois que nos proporciona meio de conversarmos com os nossos parentes e amigos, que deixaram antes de nós a Terra. (…)

A Doutrina Espírita nos oferece suprema consolação, por ocasião de uma das mais legítimas dores. Com o Espiritismo, não mais solidão, não mais abandono: o homem, por muito insulado que esteja, tem sempre perto de si amigos com quem pode comunicar-se”.

As mensagens de entes queridos que já deixaram esse plano espiritual, pois, funcionam como uma prova incontestável da realidade da vida depois a morte do corpo físico, demonstrando de forma inequívoca que os laços de afetividade persistem no Mundo Espiritual. Além disso, também servem como uma maneira de consolar àqueles que permanecem na Terra, estimulando-os às conquistas dos valores da eternidade, para o breve reencontro com os que lhe precederam no Plano Maior da Vida.

Fonte: Associação espírita Allan Kardec

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